Por toda a Europa tem crescido a popularidade das danças africanas, com a kizomba e o semba em grande destaque.
Das festas nocturnas, aos eventos internacionais, passando pelos workshops, encontrámos Ana Rita, portuguesa, e Mauro D. One, angolano, professores de dança que falaram um pouco sobre esta tendência musical e dançante com um crescimento exponencial nos últimos cinco anos.
“As danças africanas estão na moda, acredito que é uma fase”, mas há cada vez mais uma abertura social para a assimilação de novas culturas, garante Ana Rita.
A professora, de 26 anos, adquiriu o gosto pelas danças durante as festas de família, quando ainda criança. Começou a dançar jazz, passou para as danças de salão e acabou por ficar nas danças africanas, tendo sido uma das bailarinas do grupo KilanduKilu.
Mauro D. One foi inspirado pelo percurso artístico da família. O bisavô, Liceu Vieira Dias, é um dos maiores pilares da música popular angolana. O pai é Petchú, um dos professores de danças africanas mais conhecidos em Portugal e um dos fundadores do Ballet Tradicional Kilandukilu.
Mas o peso da herança não foi uma barreira para a sua carreira profissional independente. Mauro não vive do sucesso do pai ou do avô: “Apesar disso, eu queria aprender para não ser só mais um professor de dança. Formei-me para isso.”
Sobre a facilidade, ou falta dela, de se dançar correctamente as danças africanas fora de África: “É claro que os africanos têm muito mais facilidade em melhorar a técnica, porque está no sangue, mas depende de pessoa para pessoa. E há europeus a bailar como ninguém”, basta ir a uma discoteca africana ou frequentar um dos vários workshops que acontecem ao longo do ano na capital portuguesa, afirma o jovem.
Os dois professores têm partilhado os seus dotes de dança na academia Steps Dance School, entre outros, em Lisboa, mas é possível encontrá-los em workshops na Dinamarca, Alemanha e Espanha, para onde viajam frequentemente.
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